quinta-feira, 4 de julho de 2013

O vale





Vale de lágrimas das vidas acossadas...
Vale de açoites sobre as feras amansadas...
Longa espera destas eras.
Longas trevas sobre a esfera
rotativa, uniformemente revestida
pelo tropel da insegurança erigida
pelos assassinos da última jovialidade...

O martírio das idades.
Sementes apostólicas da perfídia instituída.
Vale dos lamentos
prorrogados ao eterno esperar.

Salve o movimento!
Salve a mutação!
Cada alegria, cada rasgo de ousadia;
toda a dança que espante a concentração
destes minutos de dor vazia;
movimentos de ascensão planejada,
esperança restaurada
aos nossos joviais altares!

.................................

(Mas não parar na hora certa
é igualmente decadência.)








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