quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Criança de sonhos





Minha criança de sonhos,
por que te fizeste ar?
Contemplo a santa obra de tua aleatoriedade
e medito na poça das lágrimas da fidelidade.
Presença prenunciada,
ainda na alma
dos acontecimentos nunca sonhados.
Tua vida alva,
mancomunação radiosa aos mundos.
Meu súbito pranto,
cativo acalanto,
fluir de memórias como inspiração fecunda.
Teus olhos dispersos 
expectativa aérea,
a antimatéria da percepção.
Nossa canção.
Outrora universo,
agora recordação.

Obrigado, coração.








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