sexta-feira, 23 de março de 2018

Pandemônio em 3D






Morte de inocentes: espetáculo pelas pedrarias e escadarias mal erigidas. Roupas de festa rasgadas, reduzidas a trasgos pululantes, endemoninhados com o cheiro farfalhante do suor dos palhaços assassinos. Milhares de preces inúteis, absolutamente fúteis diante do caos. Malogradas carnes, frutos e frutas girando no olho do tornado de sangue ejaculado pelo olhar deste bebê de colo.

Caldeiras explodem e voam para oeste os pedaços do alabastro magnetizador santificado pela multidão dos esqueletos que ainda se julgam vivos o suficiente para adornar de feridas decorativas suas capelas revoltantemente modernosas.

Surtos! – agitamos os braços, correndo como comboios desgovernados / limpa-trilhos alucinados, amaldiçoando as almas dos transistores semi-enferrujados que mal desconfiamos saídos de nossos próprios esfíncteres indolentes.

Maresia ardente.








Nenhum comentário:

Postar um comentário