quarta-feira, 28 de março de 2018

O Canto





Eu celebro o Canto Novo, desperto à compreensão,
êxtase gutural antártico em suas espirais ardentes,
porque tonitruante é a voz, a emissão, a articulação
dirigida, confluente no ar marinho do saber
catártico.

Prossigo ao sabor dos espaços, introduzo-me
em não mais secretas moradas de magia,
toda vez que o canto propuser propelir o sopro vital
que delicia e extasia os alegres marcadores
de fronteiras conceituais.

Este conceito, seu corpo perfeito e sadio,
suas voltas e revoltas saborosas e bravias,
para sempre deixarão um rastro de ideias
por serem revestidas.

É a fonte de onde brota minha nova esperança,
assentada sobre dorsos de dragões excitados,
atada aos pés de enormes criaturas voadoras,
seres de sonho e ação, ígneos, decididos
a tudo transformar.

É a vida, fazendo-se ouvir e sentir
bem junto aos nossos corações de poeta:
o Absoluto, figurado na assimilação plena
deste comando veemente.








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