terça-feira, 27 de março de 2018

Os amanhecidos





Suspiras lânguido, indolência pueril.
Refaz-te ao benfazejo toque do irmão
Das tuas vidas, das quais roubaste a lição
Que dignificara teu desejo arredio.

Enquanto o sol incide terno sobre o par,
Reavivada é a virtude, em compulsão,
Traçando, lúcida, da configuração,
A nobre ponte que se pode atravessar.

Então é feita, sem perjúrio ou reprimenda,
Aquela fortalecedora, íntima emenda
Visada por propulsionar teu sonho adiante.

Ao fim, verás que nesses olhos reconheces
A vida nova que partilhada amanhece
No leito plácido dos amigos-amantes.








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